Johann Jacob Steinmann (Basel, 17 set. 1800 Basel, 20 jun. 1844), contratado pelo Arquivo Militar, aqui chegou em outubro de 1825, acompanhado de mulher e filha e desembarcou do bergantim Cecília, vindo da França. Ao se registrar na Polícia deixou fixada uma descrição de sua pessoa: 24 anos, estatura baixa, cor branca, cabelos castanhos para ruivos, pouca barba, rosto comprido e olhos pardos. Sua vinda para o Brasil, conforme se depreende da documentação existente no arquivo de sua cidade natal, Staatsarchiv Basel, foi resultado de entendimentos com o representante do governo brasileiro em Paris, que o contratou para, no Rio de Janeiro, iniciar a arte da litografia como "litógrafo do Imperador", isto é, litógrafo oficial, com subordinação ao Arquivo e Academia Militar. Acrescentaremos a sua biografia que Steinmann iniciou seus estudos em 1821, entrando para o estabelecimento litográfico de Engelmann, em Mulhouse, Alsácia, vizinho de seu torrão natal. Aperfeiçoa-se em seguida com Alois Senefelder, o inventor da litografia, estabelecido em Paris, aonde vai encontrá-lo o encarregado de negócios brasileiro. Trouxe ele os elementos materiais imprescindíveis ao ensino da arte litográfica, cuja oficina funcionou na Rua da Ajuda, tendo o Arquivo Militar, além do especializado mestre, mais seis aprendizes sob sua orientação (Almanaque do Império do Brasil, 1829).
Documentos existentes no Arquivo Nacional registram que, logo após haver organizado a oficina, montando máquinas e lecionando a arte litográfica a seus ajudantes, Johann Steinmann pretendeu, além dos compromissos oficiais, encarregar-se de encomendas particulares e comerciais, usando para tal a maquinaria de propriedade do Estado. São de grande interesse tais papéis, de cuja leitura se infere haver ele obtido uma autorização verbal do imperador Pedro I, para exercer esses serviços extraordinários, não recebendo, porém, o necessário apoio do comandante chefe da Academia Militar, Joaquim Norberto Xavier de Brito, nem o veredictum do ministro seu superior.
O fato é que, durante cinco anos, trabalhou litografando mapas e outros impressos para o Arquivo Militar, impressora cartográfica oficial do Primeiro Império e, em 1830, ao terminar seu compromisso com o governo de Sua Majestade Imperial D. Pedro I, estabeleceu oficina própria de cujas prensas se conhecem alguns mapas e folhas volantes de costumes e tipos populares do Rio de Janeiro. Em 1833, a 12 de fevereiro, Steinmann embarca de volta à França, conforme as declarações constantes do registro da Polícia.
Embora considerados peças raríssimas dos primórdios da arte de gravar no Brasil, não são, porém, os documentos acima relacionados os que dão a Johann Jacob Steinmann a projeção que atualmente lhe concedem os colecionadores. E sim o seu encantador álbum de vistas editado em Basel, na Suíça, depois de voltar à sua terra natal, ao encerrar no Rio de Janeiro suas atividades como litógrafo - hoje procurado e exibido como uma das joias preciosas de qualquer coleção de estampas do Brasil.
Consta
esse conjunto, intitulado Souvenirs de Rio de Janeiro, de doze águas tintas
aquareladas, apresentadas em folhas separadas, montadas em papel espesso, cuja
moldura litografada apresenta, entre arabescos e motivos ornamentais de caráter
naturalista, pequenas cenas de costumes brasileiros entremeados numa profusão
minuciosa de folhagens e frutos tropicais, lembrando, pelo excesso de ornamentação,
influências da "chinoiserie" do século XVIII. A folha de rosto
repete, na cercadura, duas colunas de florões de plantas tropicais, ladeando
cenas típicas brasileiras, e ao centro ocorre o título e demais dizeres:
Souvenirs de Rio de Janeiro, dessinés d'aprés nature et publiés par J.
Steinmann. Varia a impressão de alguns exemplares, onde se pode ler ainda:
"a Bâle, chez editeur".
Quanto
às estampas que compõem o conjunto conhecem-se 13: pequenas vistas da cidade e
arredores do Rio de Janeiro (província), todas preparadas para figurar no álbum,
que, entretanto, completo, consta de 12 águas-tintas primorosamente aquareladas,
sendo raríssimos os exemplares monocromos.
Fonte: Cunha, Lygia da Fonseca Fernandes. O Acervo Iconográfico da Biblioteca Nacional.
Gravura
em metal, água-tinta, aquarelada à mão e fixada sobre cartão branco de época,
1835. O conjunto de 13 paisagens desta obra é considerado como um dos mais raros e preciosos álbuns de vistas do
Rio de Janeiro impresso no sec. XIX.
Dimensão da imagem: 11,2cm x 16,8cm
Dimensão da folha: 22,9cm x 29,7cm
Gravura
em metal, água-tinta, aquarelada à mão e fixada sobre cartão branco de época,
1835. O conjunto de 13 paisagens desta obra é considerado como um dos mais raros e preciosos álbuns de vistas do
Rio de Janeiro impresso no sec. XIX.
Dimensão da imagem: 11,2cm x 16,8cm
Dimensão da folha: 22,9cm x 29,7cm
Gravura
em metal, água-tinta, aquarelada à mão e fixada sobre cartão branco de época,
1835. O conjunto de 13 paisagens desta obra é considerado como um dos mais raros e preciosos álbuns de vistas do
Rio de Janeiro impresso no sec. XIX.
Dimensão da imagem: 11,2cm x 16,8cm
Dimensão da folha: 22,9cm x 29,7cm
Gravura
em metal, água-tinta, aquarelada à mão e fixada sobre cartão cinza escuro de época,
1835 com o raro relevo seco de J.S. O conjunto de 13 paisagens desta obra é
considerado como um dos mais raros e
preciosos álbuns de vistas do Rio de Janeiro impresso no sec. XIX.
Dimensão da imagem: 11,2cm x 16,8cm
Dimensão da folha: 22,9cm x 29,7cm
Gravura
em metal, água-tinta, aquarelada à mão e fixada sobre cartão branco de época,
1835. O conjunto de 13 paisagens desta obra é considerado como um dos mais raros e preciosos álbuns de vistas do
Rio de Janeiro impresso no sec. XIX.
Dimensão da imagem: 11,2cm x 16,8cm
Dimensão da folha: 22,9cm x 29,7cm
Gravura
em metal, água-tinta, aquarelada à mão e fixada sobre cartão branco de época,
1835. O conjunto de 13 paisagens desta obra é considerado como um dos mais raros e preciosos álbuns de vistas do
Rio de Janeiro impresso no sec. XIX.
Dimensão da imagem: 11,2cm x 16,8cm
Dimensão da folha: 22,9cm x 29,7cm